Nas trincheiras do tiro de Fuzil nos JDE 2018
Atiradores a postos, fuzis em posição, ao longe alvos preparados e um trabalho invisível aos olhos mas de grande importância para a prova.
Quarenta e oito bravos soldados, distribuídos na trincheira atentos a cada disparar do fuzil. Eles são fundamentais para o sucesso da competição porque diferente dos sistemas modernos que existem atualmente em grandes campeonatos, que é de apuração eletrônica dos alvos, aqui nos Jogos Desportivos do Exército (JDE) o alvo é de papel com apuração manual portanto, a cada tiro que o atleta dispara, é preciso que haja no mínimo dois militares por alvo de cada atleta para poder abaixar o alvo, colar a obréia de contraste, subir o alvo, para que dessa forma o atleta a 200 metros de distância com sua luneta consiga verificar o local do impacto.
Somente com a verificação é que ele poderá regular e ajustar a sua arma para que tenha um bom desempenho. Além dos militares que fazem o “sobe e desce” dos alvos, é preciso também ter um comandante de grupamentos a cada cinco ou dez alvos para fazer a coordenação desse trabalho. A prova é realizada em três posições de tiro, sentado, de joelho e deitado, e é preciso realizar a troca dos alvos a cada dez disparos, então, cada atleta recebe um alvo de ensaio e dois alvos de prova para cada posição, ou seja, sete alvos por atletas vezes os 24 atletas. “Então já dá para ver a grandeza do trabalho da trincheira para fazer toda essa troca durante as duas horas e meia ou 15 minutos de ensaio com mais 2:15 de competição que é o tempo de trabalho dos militares que estão na trincheira”, explica o diretor da prova de tiro, Coronel Andreatta. Um trabalho cansativo que requer muita atenção, que precisa ser feito com velocidade e com a precisão elevada, atributos inerentes ao verdadeiro soldado de Caxias.