Assistência Religiosa do Exército
Para homenagear o Patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército Brasileiro (SAREX), o Capitão Antônio Álvares da Silva - Frei Orlando e os demais integrantes do Serviço da Guarnição de Brasília, aconteceram duas celebrações no último dia 16 de fevereiro nas dependências do Comando Militar do Planalto (CMP).
Pela manhã, na formatura que reuniu capelães das três Forças, representantes das Forças Auxiliares e Comandantes de Organizações Militares (OM) da Guarnição, o Comandante Militar do Planalto, General de Divisão Gustavo Henrique Dutra de Menezes afirmou que “...como parte desta profissão, devemos ter atenção com a nossa vida espiritual, fortalecendo a coesão e o espírito de corpo”, ressaltando a importância do acompanhamento religioso para os militares.
A tarde, no Oratório do Soldado, acompanhados do General João Denison Maia Correia, o Arcebispo do Ordinário Militar, Dom Marcony Vinícius Ferreira e o Capitão Wesley celebraram a cerimônia religiosa. “O Sarex é o real apoio aos soldados de Cristo, os soldados de Caxias, sendo como guia espiritual para a prática religiosa e o entendimento da existência humana”, lembrou Dom Marcony. Ao final, os capelães concederam a benção aos militares da guarnição de Brasília.
SAREX: O QUE É?
O Serviço de Assistência Religiosa do Exército tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, servidores civis e à família militar. “O valor do Sarex está na assistência, por meio das Paróquias, das Capelas e da Cruzada dos Militares Espíritas”, explica o chefe do Sarex do CMP, Major Padre Marcus Paulo Alves da Silva.
Além disso, o SAREx realiza visitas aos enfermos nos hospitais da guarnição, aos presos, apoio em funerais, visitas as OMs, nas vilas militares.
“Os militares tem o direito e privilégio de procurar os capelães militares, conforme a sua confissão de fé, e receber a necessária”, finaliza o Major Marcus.
FREI ORLANDO
Frei Orlando era um jovem padre caridoso, instituiu a "Sopa dos Pobres", uma obra de assistência social que chegou a receber o apoio voluntário de muitos integrantes do 11º Regimento de Infantaria (11º RI). Nessa época, deparou com os preparativos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para a II Guerra Mundial.
Foi voluntário quando o então, comandante do regimento, coronel Delmiro Pereira de Andrade solicitou a indicação de um religioso para ocupar a função de capelão militar ao Comissariado dos Franciscanos em São João del Rei, assim, Frei Orlando viu a oportunidade de concretizar um de seus mais acalentados sonhos: o de ser missionário sem fronteiras, ir a qualquer parte do mundo para multiplicar os discípulos de Deus. Integrou-se, então, à FEB e seguiu para a Europa. Seu primeiro trabalho foi celebrar uma missa na catedral de Pisa para os pracinhas brasileiros. Tempos depois, às vésperas da Tomada de Monte Castelo, durante uma visita à linha de frente, frei Orlando morreu, aos 32 anos, vitimado por um tiro acidental de um PARTISAN (membro da Resistência italiana ao nazifascismo).